por Clarita Salgado
twitter: @claritasalgado
instagram: @clarita.salgado
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Coluna: Dois minutos de ódio
Por motivos de férias na cidade maravilhosa, esse mês não vai rolar um texto inédito, mas enquanto isso fiquem com esse texto, originalmente publicado em 2014 no blog são georges, que, aliás, vale uma visitinha!).
Distopias são, de longe, o meu assunto preferido na literatura! E não só
nos livros, mas também em quadrinhos, filmes, séries, contos...
Daí que um amigo meu, sabendo dessa minha paixão, me mandou uma mensagem
pelo facebook, pedindo-me uma opinião sobre o assunto. Como a resposta acabou
rendendo e virando um texto grandão, resolvi postá-lo aqui.
meu amigo: Vi isso aqui e só lembrei de você Clarinha,
concorda?
eu: Então...
Essas distopias aí são mais recentes, então a maioria eu ainda não li,
só a trilogia Jogos Vorazes, por enquanto. Divergente e Feios já estão na minha
lista há um tempo pra ler. Destino e Reiniciados eu já ouvi falar bem também. Só que elas são todas mais voltadas para um público mais jovem, ali na zona
cinzenta entre literatura juvenil e literatura YA.
Eu acho sensacional a ideia de trazer o conceito de distopias pra esse público
mais novo, que geralmente está formando sua personalidade leitora e tendo um
primeiro contato com os universos distópicos. E também acho uma maravilha que o
conceito de distopia esteja sendo divulgado e popularizado.
As distopias (livros, filmes, quadrinhos, contos...) são, de longe, o
meu assunto preferido e eu acho que elas são mezzo literatura de
entretenimento e mezzo reflexão política (sociológica? antropológica?
histórica?), então eu acho lindo que mais e mais gente esteja escrevendo e
lendo sobre o assunto.
Até pouco tempo atrás, quase ninguém sequer tinha ouvido falar na palavra
distopia e eu estou adorando ver o assunto popularizado! Não sou desse povo bobo
que quer guardar as coisas pra si e ter a exclusividade de conhecer ou gostar
de alguma coisa, quero mais é que todo mundo veja e curta também!
Só que essas todas aí, por mais legais que sejam, ainda tem que comer
muito feijão com arroz pra chegar perto daqueles classicões maravilhosos de
ficção científica e distopia! Orwell, Bradbury, Asimov, Burgess, Vonnegut, Dick, Huxley e cia. ltda. não são considerados mestres à toa, os caras realmente
botaram pra F e estão anos-luz à frente de qualquer um desses autores
contemporâneos!
Eu até hoje nunca li nada tão maravilhoso quanto 1984!!! Desde que o li pela primeira vez, há sei lá quantos anos, que eu o elegi como o melhor livro da minha vida e nunca consegui achar outro que o desbancasse. Não sei nem quantas vezes eu já o reli e em todas as vezes eu preciso dar uma parada na leitura pra suspirar e dizer "nossa, que livro boooommmm!".
Não foi por acaso que batizei meu blog em homenagem a George Orwell, o cara era um gênio! Ele morreu em 1950, mas as coisas que ele escreveu poderiam ter sido publicadas ontem! Os conceitos que ele criou eram ficções futuristas delirantes à época, mas taí siri pra mostrar que o falascreve existe e o skype é a teletela nossa de cada dia!
E não é só ele! Se você for ver, no youtube tem um montão de vídeos
mostrando entrevistas de Isaac Asimov e comparando as "previsões de
futuro" que ele fez, com a realidade de hoje em dia e dando uma surra em
qualquer vidente que tem por aí! Outro gênio que merece e precisa ser lido!
Resumindo, eu gosto e valorizo de verdade as distopias aí da
lista. São ótimas como entretenimento e também fazer o papel "sério"
de estimular o início da reflexão, mas eu ainda acho que o grande papel delas
todas acaba sendo o de despertar o interesse dos leitores, trazê-los para o
maravilhoso mundo das distopias e apresentá-los aos grandes clássicos e aos
grandes mestres que, esses sim, são os grandes formadores de boas ideias
distópicas!
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