sexta-feira, 17 de julho de 2015

No restaurante popular

Coluna: Etnoliteratura
por:
Hermes de Sousa Veras
Cearense em devir-Amazônia. Dizem que ficou sombreado na mata e voltou falando sobre profecias de fim de mundo.
Belém, 2 de março de 2015




O colonialismo dividiu em caixinhas diversas fluências da vida. Prova disto encontramos nos bandejões que recebemos nos restaurantes populares. Aprisiona-se, separadamente, o feijão com o arroz, a mistura, a salada, a farinha... Assim o homem e a mulher paraense recebem o seu alimento. Contudo, a resistência existe desde sempre. A pessoa comum reage aos poucos, em grãos miúdos.

Primeiro arrasta toda a farinha para junto do arroz e feijão. Em sequência leva o amontoado novo para a carne. A salada, com uma raspada de faca, entra junto. E a comida é uma só novamente, nada segregado e puro, como a vida deve ser.

Um comentário:

Paulo Henrique Passos disse...

Boa!! Nada de purismo!! Como a vida deve ser.