por Maria Freire
Coluna: Nada é por acaso
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O que me inspirou escrever esse texto foi a recente releitura do livro Contos Plausíveis.
O meu primeiro contato com Drummond foi na escola e confesso que naquela época não era adepta da leitura. Eu estava com o livro didático e comecei a virar as folhas aleatoriamente lendo pequenos trechos de textos e me deparei com um pequeno conto - A volta do guerreiro - de Drummond. Naquele momento eu não entendi exatamente a essência do conto. Mas depois, percebi o lado poético tomando de conta da prosa. Apesar de ser pequeno, podemos retirar desse conto inúmeras lições, e perceber diversas situações e conflitos diferentes da vida em tão poucas linhas.
Eu não fazia ideia que aquele pequeno conto me traria emoções nunca antes sentida. Desde então, fui atrás do grande poeta e nunca mais parei. Tamanho foi o meu encanto que Drummond me pegou por inteira e para sempre. A cada nova leitura de Drummond, a vida ganha um sentido que a gente nem sabia que pudesse existir.
Ler Drummond é voltar ao passado, driblar pedras no meio do caminho, é poder acreditar no amor verdadeiro, e ter alimento para a alma. De tudo, o mais precioso em Drummond é a capacidade de despertar em nós a capacidade de ler o mundo.
E quem se deixou levar pela beleza de Drummond, certamente se descobriu apaixonado pelo autor. Depois que você o conhece, ele não sai mais da sua vida. Ele fica sendo a referência poética. Você não consegue mais imaginar o mundo sem os versos dele. Sinceramente, acredito que não há nenhum poeta que saiba exprimir ideias de uma forma tão majestosa que emociona.
Ah Drummond, como é gostoso ler suas histórias deliciosas, breves e cheias de poesia!
2 comentários:
Drummond também me despertou isso tudo. Depois dele, desisti de escrever poesia.
Drummond é um barato.
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