por: Sandra Alencar
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Coluna: Frêmito
Olhei os corpos pelo chão e meu coração parou,
Minha alma ficou dando voltas naquela imagem terrível,
E meu sangue congelou
Falhamos... Pensei.
Enquanto a vida escorria no sangue espesso que lavava a rua,
Todos falharam...
Em nome do inatingível... A morte dos inocentes,
Em nome da estupidez... Simplesmente a morte,
Em nome de uma doença, de uma obsessão,
A morte
E sua magnitude implacável que emudece o mundo.
Hoje sou a mãe que grita com o filho atropelado no meio da rua,
Sou essa mãe que não entende o que aconteceu,
E não sabe o que fazer,
Ao sentir o desespero em suas entranhas.
Hoje, ao ver aqueles corpos no chão,
Esqueci um pouco da minha tragédia particular,
E da miséria cortante do meu povo,
Para estender minha indignação um pouco mais longe
E ser uma mãe francesa.
Aujourd'hui, la vie en noir...
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