por Maria Freire
Coluna: Nada é por acaso
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A luz do sol vinha se arrastando e iluminava a pele dos dois que estavam sentados na beira da estrada. Eles viram o dia passar lentamente junto com as recordações e histórias da infância. Reviveram o passado de quando eram crianças. Aquele mundo parecia tão pequeno. Agora depois de adultos o mundo tomou proporções tão assustadoras.
Aquele reencontro mexeu com as entranhas dos sentimentos deles e foi grande o esforço para se manterem contidos. O tom da conversa e a profundidade do olhar mostrou que a distância e o tempo não impediram o passado emendar suas histórias com o presente, produzindo um novo capítulo entre os dois. Eles andaram tão longe de onde deveriam estar. Mas eles se encontraram no momento em que achavam que estavam perdidos. A recordação daquela noite em que eles dançaram pela ultima vez sob o brilho das estrelas naquela antiga vila, acendeu dentro do peito dele sensações que anunciam emoções fortes. Ao se tocarem novamente, os pensamentos desapareceram, as palavras estavam deixando-os, apenas aquele momento lhes preenchiam o espírito. E naquele momento ela recuperava a vida que perdeu por algum tempo.
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