FRÊMITO
É quando tua língua quente
Lambe a minha alma...
E a tua mão pesada
Marca a minha pele...
Eu te sinto no meu estômago.
Frêmito
É o medo que prediz tua chegada
E o calor que anuncia o nosso encontro.
Frêmito
É o que nos faz humano
É o rubor em assumir nossos desejos
É o sabor nauseante da tua ausência
É o doce intenso do teu beijo.
Frêmito
É quando o corpo estremece
E a alma implora
Um pouco mais de amor...
Um pouco mais de vinho...
É o desamparo da nossa condição humana
E o pavor de se perceber sozinho...
Sandra Alencar
3 comentários:
O pavor de se perceber sozinho.
Gosto de poesias intensas como essa!
Os quatro últimos versos são um poema a parte. Mas, em minha visão, os três últimos versos são impagáveis. Eles remodelam e dão grande significação ao conjunto da obra. Foi de meu apreço.
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