por:
Hermes de Sousa Veras
Ligeiramente sombrio. No mais, consideravelmente feliz e tropical.
Coluna: Etnoliteratura
– Como assim você não tem força para levantar isso? Tem que ser homem! Na tua idade eu já levantava o dobro.
– Esse batom aí serve pra nada. Hidrato os meus lábios com a minha própria saliva. Você devia fazer isso.
– Ela fez o quê? Mas você aceitou, não fez nada? Tem que tomar uma atitude de homem. Antes de conhecer a tua mãe, te juro... eu nunca havia batido tanto em uma mulher. Não aceite, seja homem. Não me arrependo. Hoje é cheio de lei, mas aqui não tem disso não. Fizeram isso só para privilegiar um lado, e cadê a igualdade, os direitos humanos? E quando elas fazem essas safadezas, como é que fica? Seja homem! Aja!
12 de dezembro de 2015, Grande Belém, Pará.
Um comentário:
Fragmentos que geram sentimentos difíceis de se explicar. Se depois eu conseguir, volto a comentar.
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