quarta-feira, 1 de junho de 2016

Peleja

por Danilo Maia
Twitter: @DaniloTakakara
Coluna: Faça [P]arte de tudo


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A minha peleja foi essa:
Dormir ninguém mais pode
Na minha porta, um estrondo
Ouvi uma voz e procurei o dono
Curioso, olhei pela fresta


Era ele, Malatesta
- um imenso balrog -
Perguntou por que não abandono
A vida dos meus sonhos
E levo uma vida de festa.


Ora, veja essa
- meio grogue -
Respondi à besta, sou feito de carbono
A terra há de comer o meu crânio
Mas não quero o que não presta


"O que não presta..."
De sua boca mole
Pendia uma língua de cachorro
"Se é assim, eu hei de ouvir o teu choro
Nem que eu tenha que fazer uma guerra!"


Riu a fera
Com feições de bode
Seu corpo tremia todo
E dizia, cada vez mais nervoso
"Farei da tua pele a minha tela!"


Há de ser bela!
Mas, daqui, tu não me move
Não serás tu quem vai perturbar o meu sono.
Cobri-me com o meu manto
E finalizei: Quer saber? Vai à merda!

4 comentários:

Hermes de Sousa Veras disse...

Muito doido. Gostei.

CA Ribeiro Neto disse...

Experimentação, isso combina muito com esse projeto do Vem-vértebras!

Pedro Gurgel disse...

Balrog frouxo e sonhador macho!

Unknown disse...

Adorei!!!!!