Coluna: Frêmito
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Hoje, em meio a uma manhã comum, ela tem seus olhos vidrados na parede cinza.
E tudo que pode sentir é o cansaço nauseante da sua existência.E o aborrecimento cortante da infelicidade do marido.
E o gosto amargo do café em sua boca.
De longe, ela ainda pode se ver,
Movendo-se na parede com infiltração,
Sorrindo com olhos cheios de juventude,
E morta na cínica piada da vida.
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