domingo, 15 de março de 2015

Lady Byron



por: Sandra Alencar
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Coluna: Frêmito 


Quero beber por toda a madrugada
Vinho, como se fosse sangue,
Comemorar como se fosse amada,

Ter o teu amor como se tem um câncer

Deliciarei meus funestos pensamentos
Nesta patética e fúnebre melodia
Embalada por pútridos ventos...
Tão fria e cálida como é o dia.

Essa noite, sou além de morte,
Sou a Diva, tenho o corpo etéreo,
Vou jogar e poder rir da sorte,
Como a Morte, habitar o cemitério.

Por toda a noite sou a Lady Chama,
Lady Byron a velar teu corpo,
Loba ardente, perigosa dama

A beijar teu frio lábio morto.




Esse é um poema em homenagem aos poetas românticos, para os quais morrer de amor era o mais nobre dos suicídios.

3 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

O tipo de poema que mais gosto são desses, curto e com versos fortes!

Magnífico!

Paulo Henrique Passos disse...

Álvares de Azevedo curtiria isso rsrs

Tava faltando mesmo uma Lady Byron. Pensando agora, engraçado a junção desses dois nomes: Lady Byron. Um indica suavidade, delicadeza, fragilidade, e o outro aponta pra uma uma figura depressiva, mórbida, incisiva.

Pedro Gurgel disse...

Amei.