Coluna: Frêmito
Quero beber por toda a madrugada
Vinho, como se fosse sangue,
Comemorar como se fosse amada,
Ter o teu amor como se tem um câncer
Deliciarei meus funestos pensamentos
Nesta patética e fúnebre melodia
Embalada por pútridos ventos...
Tão fria e cálida como é o dia.
Essa noite, sou além de morte,
Sou a Diva, tenho o corpo etéreo,
Vou jogar e poder rir da sorte,
Como a Morte, habitar o cemitério.
Por toda a noite sou a Lady Chama,
Lady Byron a velar teu corpo,
Loba ardente, perigosa dama
A beijar teu frio lábio morto.
3 comentários:
O tipo de poema que mais gosto são desses, curto e com versos fortes!
Magnífico!
Álvares de Azevedo curtiria isso rsrs
Tava faltando mesmo uma Lady Byron. Pensando agora, engraçado a junção desses dois nomes: Lady Byron. Um indica suavidade, delicadeza, fragilidade, e o outro aponta pra uma uma figura depressiva, mórbida, incisiva.
Amei.
Postar um comentário